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segunda-feira, 21 de março de 2011

Guerras pra que ?

Nem todas as lutas merecem a pena. Julgar da necessidade de uma intervenção militar exige critério, exige uma noção prospectiva da geografia do ressentimento, exige uma noção do quanto a mínima guerra perdura nas gerações deixando dolorosíssimas marcas. Há que saber e julgar a caso o que se perde por nada fazer, há que saber julgar a caso que perigos se correm no voluntarismo intervencionista. É um pouco mais complicado do que querer espalhar a democracia à bomba a la Bush, é um pouco mais complicado do que denunciar imperialismo em cada decisão de intervenção.
Podemos perguntar porque é que o mundo assistiu calado aos massacres de Gaza, podemos questionar dos interesses que sempre movem as potências beligerantes, podemos julgar a hipocrisia dos amigos de outrora. Mas erramos se julgamos que há sempre respostas prévias, erramos se julgamos os actos apenas por quem os pratica, erramos se julgamos ter todas as respostas nalguma cartilha. Por exemplo, Churchill, um renomado defensor do tirano império britânico, imperialista à antiga, escolheu uma guerra certa na sua determinação contra o III Reich. Exercitar a dúvida e procurar critério para além dos nossos preconceitos é uma exigência da razoabilidade não egoísta. Sobre a Líbia sinceramente não sei o suficiente para ter certezas, por agora parece que a ameaça da força  surtiu um efeito dissuasor.
 Mas sei que Churchill tinha razão quando fez este discurso:
 " We shall fight on the beaches"
("Nós lutaremos nas praias")
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Guerra civil na Líbia não justifica invasão estrangeira 
      O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou este sábado que "nenhum país" tem direito a levar adiante uma ação militar na Líbia só porque neste país se desatou uma "guerra civil".
"Agora estão planejando e praticamente anunciando a invasão da Líbia, onde se desatou uma guerra civil. Mas o fato de haver guerra civil não dá direito a nenhum país para invadir a Líbia", declarou Chávez, ao criticar os Estados Unidos e os países europeus que, segundo ele, querem atacar o país africano.

    Países europeus "estão planejando a invasão da Líbia quando apenas meses atrás estavam fazendo negócios na Líbia, com o governo líbio... O que é cinismo", criticou Chávez.

      A obrigação que temos é buscar a forma para que acabe a guerra na Líbia e que os líbios busquem o diálogo para os caminhos da paz, mas respeitando a autonomia da Líbia, de seu povo", acrescentou o presidente venezuelano, um aliado próximo do líder líbio, Muamar Kadhafi.
                                                                                                    Fonte :diariodepernambuco.com

2 comentários:

  1. Nossa Agner. Cada post seu aqui eu me surpreendo mais com a sua sabedoria, seu ponto de vista, seu modo de escrever... Se você continuar assim, terá um ótimo futuro pela frente. Sem dúvidas. s2

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  2. Obrigado amr,eu apenas gosto de me informar e assim tentar ajudar aos outros,não posso mudar o mundo mas posso ir mudando as pessoas aos poucos,faço post assim meio que "agrecivos" pras pessoas notarem o que realmente ta acontecendo.

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